25 de novembro de 2010

Nua de Azul

Despir-me
da roupa que visto
Caminhar despida de conceitos, normas, ideias politicamente correctas
Nua
vestir-me de mim.

O cheiro intrínseco da pele
Não o odor engarrafado

Ao som de Mozart
Ou Ravel
qualquer outro som... puro e belo

Sem paredes de cimento
Sem o barulho dos motores

Dizer as palavras não ditas
Chamar as coisas pelos nomes
Afinal para quê a existência das palavras?

Gritar
Merda
Porra
Filhos da Puta

Depois descansar

Doçura
Amor
Prazer

Perder-me na espiral de sentidos
Despida
Vestida de gemidos
Sentir a respiração ofegante
Tua e minha

Afastar o teu corpo e ficar assim a Olhar-te
Puxar-te sofregamente
Percorrer os teus cabelos
Isolada do Mundo

Descansar
Caminhar

Verde
Amarelo
Branco
e Azul

Voar e pousar numa Terra sem nome
Sem barreiras

Inventar o Nome
Viver a plenitude sem palavra
Novo Mundo

Rodapé 1: Não me canso do azul
Rodapé 2: Foto da net
Rodapé 3: E com este texto que saiu assim todo de uma só vez, sem leituras e correcções, surgiu-me a ideia para um novo blog (a maturar)

7 comentários:

Anónimo disse...

Deja vu. Este post recorda-me outros escritos teus. Outros lugares, escrito a duas mãos. Nessa época a tua escrita era menos "doce"... mais crua.
Ainda te lembras?

Bjo
Joseph

CJ Green disse...

Dei comigo a sorrir.
Claro que me lembro e hei-de continuar a lembrar. Afinal faz parte da minha história.
Adorei essa experiência
:-)))))

Anónimo disse...

Ainda existe?

Joseph

Anónimo disse...

Intenso

Antonio

CJ Green disse...

Não sei Zé. Vou ver se o encontro, depois digo-te

CJ Green disse...

Tem dias António, dias.

CJ Green disse...

Zé não encontrei.... e tu?