Despir-me
da roupa que visto
Caminhar despida de conceitos, normas, ideias politicamente correctas
Nua
vestir-me de mim.
O cheiro intrínseco da pele
Não o odor engarrafado
Ao som de Mozart
Ou Ravel
qualquer outro som... puro e belo
Sem paredes de cimento
Sem o barulho dos motores
Dizer as palavras não ditas
Chamar as coisas pelos nomes
Afinal para quê a existência das palavras?
Gritar
Merda
Porra
Filhos da Puta
Depois descansar
Doçura
Amor
Prazer
Perder-me na espiral de sentidos
Despida
Vestida de gemidos
Sentir a respiração ofegante
Tua e minha
Afastar o teu corpo e ficar assim a Olhar-te
Puxar-te sofregamente
Percorrer os teus cabelos
Isolada do Mundo
Descansar
Caminhar
Verde
Amarelo
Branco
e Azul
Voar e pousar numa Terra sem nome
Sem barreiras
Inventar o Nome
Viver a plenitude sem palavra
Novo Mundo
Rodapé 1: Não me canso do azul
Rodapé 2: Foto da net
Rodapé 3: E com este texto que saiu assim todo de uma só vez, sem leituras e correcções, surgiu-me a ideia para um novo blog (a maturar)
7 comentários:
Deja vu. Este post recorda-me outros escritos teus. Outros lugares, escrito a duas mãos. Nessa época a tua escrita era menos "doce"... mais crua.
Ainda te lembras?
Bjo
Joseph
Dei comigo a sorrir.
Claro que me lembro e hei-de continuar a lembrar. Afinal faz parte da minha história.
Adorei essa experiência
:-)))))
Ainda existe?
Joseph
Intenso
Antonio
Não sei Zé. Vou ver se o encontro, depois digo-te
Tem dias António, dias.
Zé não encontrei.... e tu?
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