No meio de uma conversa, alguém diz:
“Somos capazes de amar até ao limite da memória”
Na altura ouvi, registei e guardei.
Como se soubesse que mais tarde ou mais cedo, iria ser utilizada como fio condutor de um dos meus devaneios.
Será que o amor existe até ao limite da memória?
Que significa esta frase?
Amor. Amar. Ser amado.
Todos nós já sentimos amor. Já nos sentimos amados
Já fomos amados sem o saber
Já amamos sem o dar a conhecer
Já fomos amados sem amar
Já amamos sem sermos amados
Importa?
Importa sentir amor.
Caso contrário estamos ocos, vazios.
O sentimento de amor é Uno.
A forma como se manifesta, essa, pode ser diferente.
O amor que une um filho ao seu pai difere na forma (e manifestação) do amor que une um homem e uma mulher, pelo menos na manifestação carnal. Manifesta-se pelo desejo de unir os corpos. Momentos insanos, perda de consciência espaço-temporal. Busca da fusão. Explosão. Alucinação. Ternura. Cumplicidade. Loucura. Prazer. ....
O amor mais puro é aquele que existe per si.
Nada exige
Não tem tempo
Não tem espaço
Nem cheiro ou cor
Existe simplesmente
Sente-se independente de tudo o que o rodeia
Sem regras
Perpetua-se no tempo
Não exige presença.
Sente-se
Ou simplesmente o amor sentido altera-se na forma e manifestação?
A vida tem sempre razão?
E os caminhos?
Onde está a verdade?
Será que existe?
Sorrisos.
Flores.
Abraços.
São estas as três mais belas prendas que se podem oferecer a alguém.
Mãos
Olhares
As mais belas formas do corpo
Calor
Alegria
Fazem os corações transbordar de sentires
Nada existe e tudo existe
Estranho?
Talvez. Mas não me deixo esquecer a única certeza que tenho.
Tudo é impermanente. Tudo.
Nada existe para todo o sempre. Não da mesma forma.
As pessoas que amamos, aquelas que passam nas nossas vidas por quem sentimos amor, não se desvanecem. Da mesma forma o amor sentido não se dissolve. Permanece consciente enquanto a memória o for. Inconsciente quando a memória já não mais existir.
Rodapé 1: Amo.
Rodapé 2: Cada vez mais, a certeza de que o Amor é incondicional.
Rodapé 3: Sonhei. Para não variar não recordo o sonho na totalidade. É um outro universo. Paralelo? Complementar?... De novo a presença de uma mulher a quem não visualizo o rosto, nem os contornos do corpo, são só traços que vislumbro ... não sei. Talvez um dia faça sentido, ou não.
6 comentários:
Oh miúda li e reli. Digo-te em teoria concordo contigo. Na prática vou escarrapachar aqui o que tu já sabes; não sinto nada parecido com amor pela ex. nada. É como costumo dizer se não fosse a mãe da filhota.... É a realidade e esta certeza eu tenho.
A meu ver ainda ficam a faltar uns adjectivos para qualificar o amor carnal, tipo, ofegante, selvagem, ardente....
Gostei das tuas 3 prendas preferidas. Já sei o que te oferecer no Natal.
Beijo nessa cabecinha pensadora
Joseph
Em teoria concordo plenamente contigo. Agora vou escarrapachar aqui o que tu já sabes. Não sinto qualquer manifestação de amor pela ex. Não fora ser a mãe da filhota e nunca mais nos teríamos visto, falado....Até aqui nenhuma novidade.
Deixa-me acrescentar alguns adjectivos ao amor carnal; selvagem, ardente...
Gostei das tuas três prendas preferidas, já sei o que te oferecer no Natal, miúda.
Um bejo nessa cabecinha pensadora(da cor do por do sol)
Joseph
Concordo que é impossível deixar de sentir algo por quem se amou. Nem sempre o que fica são bons sentimentos e muito menos amor. O que fica depende da história, da forma como a relação foi vivida e da sua intensidade.
vou pensar nisto
bjo
pedro
Esqueci de referir que acredito que amamos para além do limite da memória; enquanto tivermos em nós capacidade de sentir, seremos capazes de amar.
Pedro
Mr. Zé quase em duplicado... rsrrsrs
Eu não sou exigente nessas prendas... mais noutras oferendas.
ah e gosto dessa de me chamares de cabelos da cor do por do sol.. lindo
Beijo
Pedro, é verdade enquanto tivermos capacidade de sentir seremos capazes de amar.
obg
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