Magia

Era uma teenager inconsciente a primeira vez que percorri os Jardins da Gulbenkian. 

Devo agradecer a Steven Spielberg e ao E.T. O que tem o ET e a Gulbenkian em comum? 

Nada e tudo. 

Há umas décadas atrás o ET foi um enorme sucesso de bilheteira. O número de salas de cinema na época, era muito reduzido se o compararmos com os dias de hoje. Não existiam centros comerciais com salas de cinema. Mas existia o cinema Berna na Avenida com o mesmo nome. Recordo que existiam filas enormes para conseguir o bilhete (não existia internet para adquirir bilhetes on-line). Mesmo em frente à Universidade Nova de Lisboa e paredes meias com a Igreja de Nossa Srª de Fátima (a mesma dos vitrais de Mestre Almada). Uns metros à frente e lá estava a Gulbenkian! Maravilha. Recordo que fiquei deslumbrada com o espaço, os jardins, o anfiteatro, as salas de exposições.... O painel de Almada Negreiros no edifício principal!

Entre namoros, conversas e meditação, uma chávena de chá na esplanada do centro de Arte Moderna. Assisti a exposições ímpares como a fabulosa homenagem a Amadeo de Souza Cardoso (3 vezes visitei a exposição) entre tantas outras. Música nos jardins, a feira do Livro, o Jazz em Agosto.... E as últimas "Chapéus de Sol nos Jardins" e Arte Pública nos Jardins", ambas até 30 de Setembro.

"Arte Pública nos Jardins"

"Chapéus de Sol nos Jardins"

Existem lugares mágicos. Encantados que se perpetuam no espaço e no tempo. 

A Gulbenkian é um dos meus lugares especiais em Lisboa. Conheço os cantos e recantos. O som da água a correr, as pedras, os bancos, a sombra das árvores, há 30 anos que me acompanham. Os jardins encantados. O centro de Arte Moderna. A relva onde me deito a ler ou simplesmente a estar, a observar os patos, os pombos. A luz dourada invade o espaço. Gosto. Muito!

Rodapé 1: http://sentirescomcor.blogspot.com/2011/09/jardins-gulbenkian.html
Rodapé 2: http://www.gulbenkian.pt/langId1.html