17 de abril de 2011

Amor e Consciência II


"Estamos começados, mas não acabados"


Esta frase tão simples, era frequentemente usada pela minha avó.
Cada vez me faz mais sentido.

Estou a descobrir-me.
A cada dia que passa
Uma descoberta sem fim. Um auto conhecimento que não termina

Dependências....
Sempre me fez alguma confusão, as dependências afectivas.
Poderemos amar sem nos sentirmos dependentes de quem amamos?
Acreditei que sim.
Defendi que só fazia sentido amar se não sentíssemos dependência
Agora?
Bem, hoje acredito que se pode ser feliz sem estarmos ao lado de quem amamos.
Sei.
Sei porque sinto que sem ti consigo ser feliz.
Mas sei que é uma felicidade coxa
Parece que me falta algo
Como se estivesse coxa
porque me falta algo! TU!

No início era tudo tão fácil. Tão simples.
As conversas fluíam... Assim como um rio.
Sem esforço.

Sei quem tu és. Quis conhecer-te. Descobrir quem és e como és
Tu?
Não sabes quem sou. No íntimo, não sabes. Nunca quiseste saber. Não quiseste descobrir.
Tu és fácil de conhecer. Mostras quem és com tanta facilidade
Eu não. Demoro a mostrar-me. Sou como um livro fechado. É preciso saber ler-me. É necessário percorrer as páginas, as frases, as palavras, as letras

Sinto-te.
Sei que é estranho
Mas sei quando não estás bem. Consigo sentir-te à distancia
Nem imaginas... Mas preferia não te sentir desta forma
Era tão mais fácil. Tão mais simples

Sinto falta do teu amor 
(que talvez só tenha existido na minha cabeça, no meu coração, na minha alma)
Sinto falta do que não vivemos
Sinto falta de te amar
De te abraçar. De te encher de mimos
Sinto falta de tanto

Sinto falta de conversar contigo
De ouvir a tua voz
De sentir a tua voz
De olhar nos teus olhos, de te ver a olhar os meus
De me aninhar em ti, de te sentir encaixado em mim


Rodapé 1: Estás em mim. E pergunto-me: Estarás para todo o sempre?
Rodapé 2: Estes dias em que me retiro para pensar... Será que me fazem bem? Sabem o que me apetecia? Ser inconsciente (nem que fosse só por um bocadinho)

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