28 de fevereiro de 2011

Responsabilidade e Sentimentos


É  da responsabilidade de cada um de nós, aquilo que decide cultivar dentro de si. 
Os pensamentos e os sentimentos de paz fazem crescer um jardim de flores interno

As frases acima são bonitas não é?
Não me parece que alguém sinta que são feias ou vazias de sentido. São palavras. Só isso. Meras palavras. Talvez isoladas se tornem vazias de sentido. E não queiram dizer nada. Afinal trata-se de meros caracteres que nos habituamos a saber ler e a verbalizar.


Mas, se fazem sentido. Se as reconhecemos como puras e repletas de sentido, porque não aplicar as palavras à realidade quotidiana? É isso mesmo. As palavras per si nada valem. Podem inundar-nos o ser e fazer em nós transbordar alegria e sorrisos. No entanto e se não actuarmos no dia a dia com sentimentos de paz, de harmonia, de bem querer, então de nada serve ler as palavras. A importância das palavras reside na sua aplicação. Traduzem o que pensamos, aquilo em que acreditamos, manifestadas em comportamentos. Meus. Teus. De todos. O poder mais importante de uma palavra é o poder da inspiração. Sejamos então inspirados pela beleza das palavras e aí sim, actuemos.
Por um mundo melhor. 

Rodapé 1: A importância das palavras reside em não mentir. Preferível atirar fora a palavra do vocabulário, do que empregar a dita sem sentir, sem agir.
Rodapé 2: Eu aprendi faz tempo que não devo nem posso negar em mim, o sentimento das palavras. Doeu (ainda dói às vezes), mas de outra forma não sou consciente. Principalmente não sou honesta e muito menos verdadeira comigo. E, ser verdadeira comigo é a minha obrigação maior enquanto mulher, enquanto ser humano.
Rodapé 3: Fotos da net

27 de fevereiro de 2011

Amor e consciência

Gosto de amar.
Gosto de te amar.
É a verdade que sinto em mim.
Passam dias, semanas, meses, anos e continuo-o a pensar em ti com tanto, mas tanto amor.
E sorrio
Sorrio de dentro de mim

Não te vejo.
Não te toco.
Não te sinto.
Mas sei-te.

Pudera eu inundar-te de carinho e amor
Pudera eu ser EU ao teu lado
Pudera eu ser quem sei que sou e tu desconheces

O tempo não quis
Não tinha que ser nesta minha vida, nesta tua vida
Mágoas mútuas
Encontros
Desencontros
Sei que te magoei e te fiz sofrer. Sei
Nunca saberás o quanto me magoei a mim mesma

Ainda hoje me dói e me pergunto o porquê

Aprendi a amar-te assim.
À distância
Sem te ter presente fisicamente.
Sem te olhar. Sem te abraçar.
Sem te ver rir e sorrir.
É incrível como te consigo envolver num abraço forte
Nunca o saberás

Todos os dias te penso
Todos os dias velo por ti
Todos os dias


Procurei deixar de te amar. Até acreditei que estavas guardado naquele cantinho que reservo a pessoas especiais, daquelas que se amam, que fazem parte da caminhada, mas que não estão destinadas a acompanharem a vida, lado a lado. Acreditei ter encontrado em outra pessoa "aquela pessoa", "aquele tal homem". Nada mais foi do que neblina no olhar e no sentir. No momento da decisão. Não pude continuar. Afinal não se está com alguém a pensar em uma outra. Não é justo. Não é correcto. Acima de tudo não é verdadeiro. Não é consciente.

Rodapé 1: Eu amo-te em consciência. Sabes o que quero para ti? Felicidade pura e verdadeira.
Rodapé 2: Sabem, às vezes existe uma pessoa, aquela pessoa!...Não saí da cabeça, da alma, do coração, do corpo. É bom.Pergunto, será que só existiu para mim? Adiante... Sublime seria ser partilhado. Quando não é? Seguimos em frente de cabeça erguida e coração partido. Com uma certeza Amar é mesmo único. E com esperança. Voltar a AMAR.
Rodapé 3:  Amar é sublime.

MOMIX Uma experiência

Amei o ar de primavera que senti na pele este sábado. Amei mesmo. Fui até à praia sentir os raios de sol no rosto... a invadir-me o corpo. Tão bom para recuperar energias.

À noite Casino de Lisboa. Momix. Fabulosos. Únicos. Um misto de dança. artes circenses e muita, muita paixão. Uma visão de beleza para os olhos que nos invade e toca a alma.



Rodapé 1: Os Momix vão estar no casino até 20 e tal de Março. E digo é uma experiência e tanto.

22 de fevereiro de 2011

Mundo

O mundo aparenta estar a louco.

Parece que está a desabar. Tanta violência, maldade, pobreza, dor, conflitos...


Até dói. Literalmente. Ligamos a Tv, olhamos para as páginas dos jornais e raramente, muito raramente a notícia é acerca de algo bom. Egipto, Irão, Turquia, Nova Zelândia. Catástrofes naturais, catástrofes com mão humana, geradas pelo homem. Por cá, a a Associação Raríssimas informa que existem pessoas em risco de morrer por falta de medicação. É uma das consequências dos cortes de nos medicamentos. Uma mulher é feita refém num banco no norte... sequestro no porto. Uso de teaser num preso, violencia.. em nada defende um país desenvolvido com respeito pelos direitos humanos. Autocarros que transportam crianças para a escola em Miranda do Douro estão a precisar de chapeu de chuva... chove lá dentro e os alunos (crianças) viajam em pé... e eu a pensar que a lei obrigava as crianças a viajar sentadas e com cinto de segurança
o preço da gasolina (já elevadíssimo comparado com tantos países, basta vermos os preços praticados em Espanha) não pára de aumentar. E tudo indica que por via dos conflitos no mundo, nomeadamente no Líbano, vai provocar o aumento do barril de crude até aos 200 dolares (segundo alguns analistas). Ainda por cá endividamento e mais envidamento das pessoas singulares, das familias  das empresas... desemprego, dificuldades e depois caricato os confrontos entre adeptos do chamado derby Sporting Benfica.
Estes são meros exemplos, dos mais badalados nos últimos dias. Muitos outros existem


Os homens nao entendem?

Sinto-me cansada de hipocrisias, de falsos moralismos, de tantas pessoas ditas espirituais, mas que depois na prática.... Parece que ser espiritual é uma moda. É cool ser-se espiritual. haja paciência. De que servem teorias bonitas, cheias de belas palavras se depois na pratica...?
Palavras belas sempre estiveram presentes no mundo e não foi por isso que as atrocidades, a ganância, o exercicio da violência deixou de ser praticada.


Até parece que sentem gozo (algo masoquista) em semear a futura infelicidade. A sua e a dos outros.
Os homens não vão entender nunca? Violência gera violência. Pobreza gera pobreza. Revolta gera revolta.
A sensação de que tudo se desmorona em nós e à nossa volta. O mundo está em mudanças. Aceleradas.
Por enquanto face à grande maioria destas mudanças, mais não somos do que meros espectadores. Assistimos e mantemos a esperança. Vamos ao fundo de nós em busca dessa palavra. Mágica. A Esperança.  Como não temos capacidade de mudar o mundo, sozinhos, nem de travar os acontecimentos, resta-nos, pelo menos moralmente, emocionalmente olhar para nós mesmos. Observar quem somos. Travar. Mudar coisas em nós. Tantas vezes  pequenas coisas. Falo de comportamentos, gestos, atitudes, por muito pequenos que sejam, são capazes de transformar a realidade à nossa volta. Essa pequenina parcela do mundo é a que enquanto seres individuais podemos mudar. Quando tempos difíceis se apresentam todos nós temos a obrigação de aumentar a atenção e ficarmos atentos aos mais frágeis e buscar formas de ajudar, acolher, contribuir. Cada um de nós no seu mundo, tem o poder de ser útil, o poder de dar um abraço, de reforçar a confiança e a esperança.


Este poder, o da esperança não pode nem deve ter fim.


Rodapé 1: Que estamos nós, Humanos a fazer à nossa casa mãe, chamada Terra?
Rodapé 2: É este o planeta que pretendemos deixar às gerações futuras?
Rodapé 3: Não!
Rodapé 4: Vá toca a mexer individualmente para atingir movimentos globais.
Rodapé 5: Tulku Lobsang, monhe budista está em Lisboa, entre as diferentes conferências, uma para mim se destaca "O Poder do Amor" (hoje à noite). Belo tema para um mundo cada vez mais carente de AMOR. Voltarei a este temas (depois da conferência). Paz e Amor a todos (parece muito 60´s?. pois mas é de coração).

20 de fevereiro de 2011

Movies and Vegeterian Food

Sexta feira by nigth. Biutiful (segunda visualização) na companhia do Zé (tal como prometido). Ver post com o nome do movie. Só vos digo ver este filme segunda vez só aumentou a minha admiração pelo fabuloso desempenho de Javier Bardem. Antes do cinema jantar no Jardim dos Sentidos. Este espaço é realmente fantástico.


Black Swan. Reconheço que estava híper curiosa para me sentar, confortavelmente e assistir à mais recente realização de Darren Aronofnsky, mestre que nos trouxe "The Wrestler"ou  "Requium for a Dream". Para além da dança, de Natalie Portman, muita da minha expectativa prendia-se com algumas críticas que referiam o termo "terror". Alguns escreveram mesmo que lembrava "The Shinning" de Kubrick. Fã incondicional de Shinning e do brutal desempenho the Jack Nickolson... lá estava eu!.... e fervilhava expectante.


Black Swan é alucinante, poderoso, psicótico. Toca-nos muito para além dos passos de dança (soberbos), dos figurinos e adereços (magníficos), da maquilhagem (perfeita) e de Nina (Natalie Portman), sem dúvida numa interpretação perfeita.

Black Swan é de certa forma o retrato de uma psicose.  Nina, a personagem principal, na tentativa de ser perfeita, perde-se de si, ao ponto de não se reconhecer a si mesma. O culminar da descoberta de uma dualidade que a habita e que desconhecia. O espectador acompanha e percebe que a descoberta que Nina faz de si mesma é agonizante. O choque de perceber que afinal o que mais se desejava, não é afinal o que pensava.


Black Swan é em certa medida um filme de terror. Consciente.

Rodapé 1: O filme é forte, intenso, prende-nos do primeiro ao último segundo. De entre o melhor deste filme, destaco a transformação de Natalie Portman em Nina, o Cisne Negro.
Rodapé 2: Thanks friends for your company :-)))) Pelas gargalhadas e amena conversa.

16 de fevereiro de 2011

Imperdivel

Palavras soltas como os meus cabelos ao vento.
Palavras simples. Verdadeiras. Tal como eu gosto.
Na companhia de notas musicais sempre puras e límpidas.

Enjoy

Rodrigo Leão - Mário Cesariny / Queria de ti um país

"Queria de ti um país de bondade e de bruma
queria de ti o mar de uma rosa de espuma"

Mario Cesariny


Rodapé: So simple. So true

14 de fevereiro de 2011

Não posso adiar o amor



"
Não posso adiar o amor para outro século

Não posso
Ainda que o grito sufoque na garganta
Ainda que o ódio estale e crepite e arda
Sob montanhas cinzentas
E montanhas cinzentas

Não posso adiar este abraço
(...)

Não posso adiar
Ainda que a noite pese séculos sobre as costas
E a aurora indecisa demore
Não posso adiar para outro século a minha vida
Nem o meu amor
Nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração
"
(António Ramos Rosa)

Rodapé 1: Todos os dias são dias de amar
Rodapé 2: Todos os dias são dias de festejar o amor
Rodapé 3: Amemos. Principalmente a nós mesmos.

8 de fevereiro de 2011

Biutiful - Uma História do mundo real


Real. Verdadeiro. Assustadoramente real. Uma história sofrida. Amarga. Biutiful é feio. Cru. Ao mesmo tempo belíssimo. Obriga a pensar. Levanta-nos de nós e dos nossos pequenos mundos. Desnorteia o interior e abala as misérias individuais. Impossível assistir a este filme e sair da sala sem maculas. Mexe. Porque dói. Porque  não é barato. Mexe e dói, porque ainda queremos acreditar que lá no fundo... estas vidas podem ser melhores. Incomoda. Não só pelas vidas dos outros. Mas, porque sabemos que estas vidas podem ser nossas.


Alejandro González Iñárritu, o realizador (Babel, Amores Perros) consegue com silêncios "obrigar-nos" a pensar. mostra-nos Barcelona das vivências de quem a habita. Não a Barcelona turística de postais ilustrados. Neste filme Barcelona é bucólica, triste, degradada nas ruas, na arquitectura, nas vivências marginais de quem busca a sobrevivência. Imigrantes e naturais da cidade.


Uxbal (Javier Bardem) é um pai dedicadíssimo de dois filhos; médium e que sobrevive com actividades ilegais  relacionadas com imigrantes. Descobre que tem cancro, em fase terminal. Em busca de minorar o sofrimento que a sua partida possa gerar nos amores (filhos) procura organizar a partida. Nesta organização inclui-se a ex-mulher, bipolar. .....

Bardem é indescritível. Difícil encontrar palavras para descrever a sua representação. ARRASA.


Biutiful fala da morte e da vida. Do amor de pai. Do amor pela ex-mulher. Do amor pela pessoa comum. Fala de errar, quando se pretendia fazer o bem. Fala de viver hoje como se fossemos morrer amanhã. Biutiful fala, muito. E sem palavras. É nos olhares e nos silêncios que mais alto nos fala.


Rodapé 1: Esta história ficcional é real. Tão real.
Rodapé 2: Amei (e chorei)