31 de março de 2010

My Moments


Admirar a paisagem
Rebolar, sentir o cheiro e a textura do verde e olhar para as nuvens


Descansar
relaxar, meditar....
partilhar momentos de luz

Continuar a minha viagem de auto conhecimento

Rodapé: Até daqui a uns dias

30 de março de 2010

Sensação ... (2)


A noite passada.... apesar do cansaço o sono teimava em não chegar. Como que em estado de paralização, o corpo repousava na cama. A mente divagava entre o real e o imaginário. De novo a sensação de acontecimento eminente. E no entanto estava calma, sentia-me tão calma. Estranhamente serena, apesar da sensação-certeza. Em paz. E por um breve instante volto a questionar-me.... não seria preferivel não os sentir. Não sei porque ainda faço esta pergunta. A resposta é sempre a mesma. Aceitar e agradecer.

Rodapé 1: Esperar pacientemente
Rodapé 2: Once again I was not alone. Someone (2 persons :-))))) have the same feelings

29 de março de 2010

Pois é! ... (2)


Ontem, ao final da tarde em conversa com o Paulo, a falar de nada e de tudo (as usual), no meio da deliciosa tagarelice, disse-lhe : "tenho que ser mais humilde e aceitar a palavra obrigada com mais facilidade". Ele ficou a olhar para mim com ar misto surpresa e interrogação. Assim do tipo, "não te estou a perceber". Lá acabou por dizer, "oh meu amor, mas tu és humilde". Contei então, o porquê de ter dito o que disse. Há uns dias uma pessoa conhecida que estava menos bem, por problemas de saúde de alguém muito próximo, disse-me "obrigada por tudo... pelo teu apoio". Ao que eu respondi "Não tens nada que agradecer. Não fiz nada". E ela diz: "Tenho que agradecer sim. Não imaginas o quento me ajudaste. O quanto as tuas palavras foram importantes naquele momento". Eu engoli em seco. E agradeci o agradecimento. Hoje, durante a tarde, um amigo agradeceu a minha disponibilidade para o ouvir. Por pouco não repeti o comportamento de dizer "não tens nada que agradecer". Controlei-me. Só lhe dei um sorriso, um abraço apertadinho e um beijo grande.
Reparei então, a caminho de casa que estava a sorrir  por fora e por dentro.
E pensei: Upa, upa!

Rodapé 1: Estou a crescer
Rodapé 2: Saber receber é tão importante como dar.

Joana Vasconcelos

Lá fui eu (at last) visitar a exposição de Joana Vasconcelos no CCB.
(below same photos taken with my phone´s camera)







Se já conhecia o trabalho? Oh yeap
Se fiquei surpreendida? Oh YEAP

Impossivel ficar indiferente a tamanha criatividade.
Impossivel não ficar pasmada perante o recurso aos materiais utilizados.
Impossivel não gostar.

Um sofá "Aspirina" e uma cama "Valium" ... hum.. hum!
A forma, a cor, a composição.... AMEI.
Numa expressão fiquei de ALMA CHEIA.

Rodapé 1: Thanks Jo pela companhia e cumplicidade
Rodapé 2: Apetecia ser pequenina e brincar.

23 de março de 2010

Arte ... da vida (2)


Rancor, ódio, ciúme: não é possível encontrar a paz com eles.
Podemos resolver muitos dos nossos problemas por meio da compaixão e do amor.
Só assim nos desarmaremos e encontraremos a verdadeira felicidade.
Uma das maiores virtudes é a compaixão.
A compaixão não pode ser comprada numa loja de departamentos ou fabricada por máquinas. A compaixão advém do nosso crescimento interior.
Sem paz de espírito, é impossível haver paz no mundo.


Dalai Lama

22 de março de 2010

A Hora do Planeta


Em 2010 os principais monumentos de cidades portuguesas e de muitas outras cidades mundiais, vão ficar às escuras, como símbolo da importância da luta contra as alterações climatéricas.

Anota na tua Agenda
... e apaga as luzes... vá lá, é só 1 hora !

Sábado, 27 Março 2010
20h30 - 21h30

Rodapé 1: Envolve-te. Regista-te no site
Rodapé 2: Poupa energia, apagando luzes e equipamentos eléctricos
Rodapé 3: Utiliza sempre lâmpadas de baixo consumo
Rodapé 4: Desligua o ar condicionado
Rodapé 5: organiza um jantar às luz de velas com amigos (People eu levo candles) :-)



21 de março de 2010

Alice in Wonderland

Fiel ao livro, no dout about that (Lewis Carroll  must be happy)
Eu? Bem eu gostei. O filme cumpre o objectivo de entretenimento e algum deslumbramento, marcado essencialmente pela riqueza de cores, vastidão de objectos sui géneris e animais falantes, que povoam o filme.
Se fiquei deslumbrada?  Não, de todo.
Esperava mais. A realidade é que crio sempre expectativas  acerca de Tim Burton.
O mais fabuloso de toda a arte cinematografica de Burton é a capacidade inventiva, a diferença, principalmente a irreverância. Até à  data todos os filmes anteriores foram geniais. Começando em "Vicent", "Eduardo Mãos de Tesoura", "Beetlejuice", "Ed Wood", "A Noiva Cadavér", "Charlie and the Chococate Factory"....
O elenco?
Esteve bem, cumpriu o objectivo, sem revelar extraordinários desempenhos.
Helena Bonham Carter? amazing as usual, na sua Red Queen
Johnny Depp? bem encantou-me (as usual) no papal de Mad Hatter, mas não deslumbrou. Longe da genialidade habitual. Não senti  o magnetismo que me deixa incrédula, pasmada e deliciada.
Definitivamente prefiro o Tim Burton mais dark side.


"There is a place. Like no place on Earth. A land full of wonder, mystery, and danger! Some say to survive it: You need to be as mad as a hatter." – Chapeleiro Louco.

Rodape 1 :  (up) a frase que mais me encanta.
Rodape 2 : a rever, afinal é Tim Burton.

Limpezas

"Sempre que o Homem sonha, o Mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança".



Ontem, mais de 100 mil portugueses acreditaram, de forma organizada mobilizara-se e a diferença tornou-se realidade.
De norte a sul, de todas as idades, o pessoal acordou e mãos a obra.
Nem a chuvinha que teimava em cair de manhã, impediu a recolha de detritos e lixo....  impressionante a diversidade de materiais...
Ok, molhei o cabelo, as botas estão ko, mas que importou? Soube bem e acalmou a poeira.
Assisti a uma grande manifestação de civismo.

http://limparportugal.ning.com/?xg_source=msg_mes_network

Rodape 1 : "..." - in Pedra Filosofal
Rodape 2: fazer a diferença todos os dias
Rodape 3: Limpar as mentalidades

19 de março de 2010

Arte ... da vida



"A arte de escutar é como um luz que dissipa a escuridão da ignorância."

Dalai Lama

18 de março de 2010

Ah pois vou !!!!


Vou e vou mesmo !
Como diz alguém que conheço... "nem que a vaca tussa"

http://www.youtube.com/watch?v=d5CLmflrwIA
http://www.youtube.com/watch?v=CtVyl402W5s

Rodapé: por enquanto a aparvalhar no feminino, em Maio , de alma cheia! Vai uma aposta?

17 de março de 2010

Segredo da existência


É frequente ouvir-se: "Olha, está com uma crise existêncial".

(atribui-se quase sempre estas "crises" à adolescência.)
Afinal nesta fase do desenvolvimento a procura de respostas às questões é muito pertinente. E a quantidade de interrogações que florescem no cérebro é imensa.

Será só nesta fase da vida?
A verdade é que todos nós em algum momento desta existência nos questionamos, tanto acerca de factores externos como de elementos internos.
Desde as questões mais simples, "quem criou o mundo", até às menos simples, como por exemplo "será que consigo mudar em mim, um comportamento de que não gosto?"

Uma, duas, três vezes.....
O número é irrelevante.

Para mim, um dos maiores segredos (logo interrogação) da existência é o autoconhecimento.
A necessidade de autoconhecimento, de sabermos quem somos, como somos, como actuamos, o que nos deixa fragilizados, vulneráveis, o que entusiama, entristece, dá prazer..... é uma interrogação que nos acompanha ao longo de toda a existência. Afinal é por via da interrogação que nos questionamos e colocamos em causa.

Sem a dúvida, não existe certeza.
É o contraponto.
A confirmação geradora da verdade.
Aquele que nunca se interrogou não se pode aceitar.

Para connosco temos o dever (não gosto muito desta palavra, but...) primeiro de compreensão e de aceitação.
Compreender que não somos heróis e muito menos perfeitos. Antes seres humanos sujeitos a inúmeras falhas e erros. Uns maiores outros menores. Mas a realidade de todas as existências é precisamente assim. Todo o Ser Humano já errou. Importa perceber e aceitar, não como uma derrota, mas antes como uma conquista. Ao aceitarmos a falha, ao entendê-la e enfrentar as consequências, mais não fazemos do que crescer. Claro que dói. Causa sofrimento. Ansiedade. Inquietação. Mas pode também dar-nos uma oportunidade preciosa e única para transformar a ansiedade em criatividade. As decepções em tolerância (para com os outros, mas principalmente para connosco) e as perdas em maturidade.
Estamos sempre em constante aprendizagem. Á semelhança dos dias, que não se repetem, a oportunidade de evoluir com os momentos e acções menos boas, deve ser encarada como pérolas preciosas. Devemos agradecer ao erro. Graças ao entendimento que dele fizemos, aprendemos mais. Importa nutrir. Fertelizar as emoções e o intelecto com humildade, tolerância, sabedoria, generosidade e tranquilidade.

A minha avó Deonilde, costumava dizer uma frase, que em menina me parecia simples e que só mais tarde, entendi em plenitude;
"estamos começados, mas não estamos acabamos".
Como estavas certa, Avó.
A tua simplicidade tão verdadeira. Sábia e Real.
A transformação e aprendizagem são grande Verdade.
A verdade maior é a descoberta da capacidade de autoconhecimento.

Rodapé 1: Avó Deonilde = Amor = Sabedoria
Rodapé 2: Existência = Autoconhecimento
Rodapé 3: Interrogação = Procura

16 de março de 2010

Papel ou Não?


A escrita neste espaço não me conseguiu afastar do hábito antigo de escrever à moda antiga.
Vulgo, papel e caneta.
Não sei bem a razão, mas gosto e muito.
Sinto a utilização do papel e caneta, mais intimista, mais eu e mais meu.


Rodapé: Por enquanto, a manter

14 de março de 2010

Sensação


À medida que o dia foi passando e se aproximava a noite, uma sensação estranha foi-se lentamente apoderando de mim. E cresceu, cresceu

Não consigo definir.
Só me ocorre aquela sensação de aperto no peito e nó no estomâgo.
Lembram-se das vésperas dos exames na universidade?

Pois é.
Precisamente o que estou a sentir.

Deixem que lhes diga que não gosto nada. Mesmo nada.
Será prenúncio?
Prenúncio de algo menos bom?

Os sinais andam por aí.
Desde à algum tempo que os sinto, em mim

Tenho vindo a preparar-me.
Mas será que foi suficiente?

Tenho fé.
Acredito que sim.
Todo o trabalho não foi em vão.
Vai resultar
E vou recolher os frutos
Eu acredito

Por agora, vou recolher-me em mim e sentir-me.

Rodapé: Meditar * Reunir forças * Acreditar

13 de março de 2010

Ilusão


"A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente."

Rodapé: from Albert Einstein


12 de março de 2010

Hat


Yupiiii. Dia de sol. Sem vento. Sem chuva.
Que bom. As saudades que eu já tinha
(não, não me refiro "....à minha alegre casinha..")

Refiro-me mesmo às condições climatérias.
A chuva, o ventinho, o frio já me estavam a dar cabo dos nervos.
Literalmente.
É impressionante o modo como a natureza influência o meu humor.
O meu sentir e (fogo) até a minha capacidade de concentração.

Para quem não me conhece, é importante referir (por um quetão de enquadramento) que dispenso (e como)
o excesso de calor. Para mim o ideal são mesmo 24 a 28 graus.
Mais do que isso e já me sinto a derreter.

No entanto, este solzinho limpou-me a alma e encheu-me o coração.

Agora sabem o que me apetece?
Não?
Pois não são adivinhos.

Apetecem-me coisas tão díspares como passear pelas ruas de Lisboa e namorar as lojas.
Passear, a sentir a relva e a areia nos pés.
Observar as flores a desaborochar.
Comprar mais uma túnica.
Não parar até comprar mais um chapéu. Aquele! Sim aquele que me fica a matar.
Sentar-me numa esplanada a ler um livro.
Passear a beira mar e assistir ao pôr do sol.
É verdade, coisas de gaja. Só pode.
Mas é a verdade.
O amazing world of a lady´s mind.

At last



Lindo! Hoje brilhou.
Já sentia falta (mas tanto) do teu calor e da energia que me transmites.
Welcome back

Eu sei.

A tua vontade de passar por entre as nuvens, era grande
Estavam mais fortes e o seu poder prevelacia sobre a tua vontade.

 

Aqui para Nós, que ninguém nos ouve, eu gosto de Nuvens.
De as observar. De imaginar e descobrir formas.
Das diferentes tonalidades com que enriquecem o ceú
Como pinceladas pela mão de um pintor.


11 de março de 2010

Joan Baez

Coliseu dos Recreios, Lisbon City, 10 Março
- reconheço,  estava em pulgas -
assistir a um concerto ao vivo e a cores de Joan Baez, integrava a minha lista

Absolutamente fantástico.
Sou uma sortuda.
Presenciei o retrato de uma era, um ícone da histórica cultural e política. Um concerto memorável

E pensar que a senhora gravou mais de 30 albuns e canta hà 50 anos. É obra.


Rodapé: a guardar nas memórias.
Side by side com Leonard Cohen; George Moustaki; Xutos; Peter Gabriel; U2..
(stop por agora)

10 de março de 2010

Menina Maria



Hoje, durante o jantar com colegas (e amigos) do work dei comigo a pensar (ok raros momentos) (epá estou a rir-me alone. Sim porque às vezes nem eu acredito no que penso e digo), bem mas vamos ao que interessa.

Dizia eu, estava a pensar que, definitivamente gosto de Pessoas. Gosto de Viver. Até podia dissertar sobre o tema, mas é precisamente assim.
Adoro Viver
Sentir-me Viva
Gosto da Linguagem dos Afectos
Da Partilha de Sonhos
Da Troca de Gargalhadas
De Aprender todos os dias
E de tentar Melhorar
Sempre


Rodapé: thanks people. Menina Maria só uma palavra (bem 3); OBRIGADA. Té amanhã.


8 de março de 2010

Woman (day 8 March)


Não sou grande fã de dias específicos, para celebrar o que quer que seja.
O realmente importante deve ser celebrado em todos os momentos. Não por calendário.
Reconheço a sua importância para relembrar o que não deve e não pode ser esquecido.
Mais do que comemorar importa reflectir.

Este dia, 8 de Março, significa para muitas mulheres em todo o mundo que, as injustiças, as injúrias, as agressões, o medo são uma constante realidade.
Infelizmente.
Neste preciso momento existem mulheres que estão a ser agredidas. Fisica e psicológicamente. Mulheres sem casa e sem emprego.
Mulheres vítimas de violação.
Mulheres que seguram o grito.
Mulheres que enfrentam o Medo e dizem chega! Basta.

Mulheres que sorriem e aconchegam os filhos na cama.
Mulheres que se sentam no sofá e procuram descansar de mais um dia (igual a tantos outros)
Mulheres que se aninham no aconchego de quem amam.


A todas sem excepção, um brinde :-)

(Bailleys com gelo)


Um brinde a todas Nós. Mulheres!


Rodapé: Não me esquecer de agradecer por esta vida estar a ser vivida neste lado do planeta.
Rodapé 2: Parabéns Sofia.
Rodapé 3: Menina Manuela, um brinde especial. És a Mulher mais forte que tive a honra de conhecer.
Rodapé 4: A minha Mãe e à minha Avó. OBRIGADA
Rodapé 5: Á Princesa Joana (porque sim)
Rodapé 6: chega de rodapés.


Post Scriptum: quem teve a idéia de distribuir flores por todo o lado neste dia?
Queremos a flor do Respeito. da Dignidade. da Igualdade. do Amor. (e das Gargalhadas) todos os dias.

Apetece-me

Apetece-me sair de mim
Ver-me e não me sentir
Sentir-me sem me ver

Apetece-me estar sem pensar
Apetece-me a mente vazia
de idéias e imagens


Apetece-me o que ainda não vivi
O que ainda não imaginei ou ousei sonhar


Apetece-me um caminho desconhecido
repleto de folhas, plantas e àrvores sem nome
Flores sem cor


Apetece-me uma palete de cores
E um rio de água calma e fresca


Pintar o meu caminho de cores sem tom
oferecer-lhe o nome formado por letras desconhecidas


Apetece-me sentar na beira desse rio
e sentir o vento no rosto

Red Carpet

And The winner is...




Americanos,pois é. Eu sei. São tantos, mas tantos, os excelentes filmes que não chegam às salas com o reconhecimento merecido (pelo menos com direito a campanhas de marketing) porque são de outras partes do globo. Mas perdoem-me, adoro cinema. (better, sou viciada). E eles (leia-se from the USA) sabem fazê-lo.





Acabei de ver o Keanu Reeves (alone) na passadeira

Rodapé: Call me! (yes, the number still´s the same)

Rodapé 2: Inglourious Basterds (argumento para Tarantino); Christoph Waltz (Inglourious Basterds); Robert Downey Jr. (Sherlock Holmes); Sandra Bullock Blind Side) Avatar (mais não seja pela beleza da idéia daquela arvore...). Colin Firth (A Singular Man)... merecem o Óscar (please). .....

Será o meu país?



Comodismo
Inércia
Tolerância (o que é diferente de aceitar a diferença)

Não somos racistas, mas é habitual ouvir “vai prá tua terra”
Somos um país de Emigrantes que olha de soslaio os Imigrantes
Somos um país onde pouco se gasta um em livros, mas tem um índice de consumo de álcool assustador e frequência de restaurantes ainda mais assustadora... prioridades

(que tal comer uma sandocha, a ler um livro em frente ao mar?)

Imobilidade

Somos um país que no dia europeu (ou mundial) sem carros e da mobilidade, em que não se pagam transportes públicos, se olha para o lado e eu penso “carros vejo muitos, mobilidade nenhuma”

Somos um país que se avalia pelo ter e não pelo ser

Um país que olha de soslaio os emigrantes que nos visitam no verão mas que acha muito bem (upa upa) a entrada de cash do seu trabalho (lá fora), nos cofres cá do sitio

Somos um país em que todos se queixam do excesso de poluição, mas que são poucos os que deixam o carrito estacionado e andam a pé (vá lá, nem que seja pelo exercício)

Somos um país de visitantes de centros comerciais e poucos centros de cultura
(ainda não se paga entrada nos centros comerciais, eu sei)

Somos um país que limita gays e lésbicas como dadores de sangue (podem repetir?) por comportamentos de risco. Como? Será que ouvi bem! (pois, assim parece, opá, por favor alguém me explique que raio de estudo foi esse em que ficou provado que os que preferem aqueles que são do mesmo sexo têm mais comportamentos de risco do que os heterossexuais. Pois, pois, tolerância)

Somos um pais com uma taxa de iva nos books altíssima (ainda querem que o povo leia)

Batemos records de licenciados (desempregados)

Formamos excelentes investigadores. Se querem investigar vão para o estrangeiro, por cá, tornam-se frustados professores de um método de ensino, em que se perpetua o ensino sem entrega e sem alma

Porquê?
Somos um país em que se debita matéria nas salas de aula e poucos são os que realmente se preocupam em ensinar a aprender

Um pais em que os professores se perdem em burocracia e pouco tempo sobra para a motivação (leia-se motivo para a acção)

Um país em que se trocam medicamentos sem pensar 2x. Vá lá o António Feio ainda se pode dar por feliz! (para entender ver blog do próprio)

Um país em que o homem que rouba um banco é preso e rapidamente julgado, ao passo que o outro que bateu na mulher ou violou uma criancinha aguarda em liberdade pelo julgamento (e ainda lhe oferecem uma pulseira)

Um país em que os psicólogos nas escolas são cada vez menos, se quiserem levar as criancinhas ao psicólogo paguem (afinal as consultas são baratas)

Um país em que os passeios são ocupados com carros (não vá a viatura riscar-se) e os peões circulam na estrada (agora com direito a multa e tudo).

Um país em que os transportes públicos têm ar condicionado (ena, que bom) e que o está efectivamente (condicionado a estar desligado, deve ser para poupar ar)

Um país em que cada vez mais, se olha para o relógio a correr e poucas horas são realmente apreciadas!

Reflecti? Meditei? Ou será que exagerei?

Olhem não sei, saiu tudo em catadupa e vou publicar sem visualizar!

Rodapé: resultado de reler Eduardo Prado Coelho, (tenho saudades de te ler) + ligar a Tv (e assistir aos noticiários)
Não esquecer: manter o quadradinho de som e imagem desligado (pelo menos para as noticias)

7 de março de 2010

Tendências

Se continua a chover (tipo a cântaros), ainda vamos ver algumas fashion victims a usar esta tendência.



Rodapé: Os High Tide Heels (como são chamados), foram criados para uma exposição pelo artista belga Paul Schietekat, e são nada mais nada menos que uma mistura entre barbatanas e sapatos de salto alto.

Cá por mim, que não sou fâ de saltos altos (tipo agulha), prefiro as galochas!

6 de março de 2010

Pois é !


Vencer é próprio de quem já foi derrotado
É diferente de desistir.
Desistir é para os vencidos

(Rodapé: Não, não me sinto vencida)

5 de março de 2010

Sons de silêncio

A palavra "silêncio" aparece na nossa língua no século XII, mais exactamente em 1190. Descende do latim silentium, e é portanto a sua tradução exacta. O francês arcaico empregava mesmo, à semelhança do latim silere, o verbo siler, que significava: calar-se. Hoje em dia encontramos, relacionado com ele, um adjectivo: silencioso, silenciosa; um advérbio: silenciosamente; e um curioso nome vindo também da antiguidade romana: silenciário, palavra que designa o oficial que fazia manter o silêncio entre os escravos e, por acréscimo, os religiosos que mantêm um longo silêncio e todos aqueles que se mantêm em silêncio durante longos períodos.

Marc de Smedt, escreveu "O silêncio é a cor das ocorrências da vida: pode ser ligeiro, denso, cinzento, alegre, venerável, aéreo, triste, desesperado, feliz. Colora-se de todas as infinitas tonalidades das nossas vidas... Se o escutarmos, o silêncio fala-nos e elucida-nos constantemente acerca do estado dos lugares e dos seres, acerca da textura e da qualidade das situações que enfrentamos. É o nosso companheiro íntimo, o âmago permanente do qual tudo se liberta.”

Silêncio!

Não é a origem da palavra que me importa. Nem sequer o seu significado. Neste momento, pelo menos, agora, não é o que me interessa. Tantas as vezes busco o silêncio. Para raciocinar melhor, para me concentrar. Por mil e uma razões. Umas vezes verbalizo a palavra, outras simplesmente a penso, sinto e imagino.

Eu que tanto necessito de silêncio. Que preciso de estar só.
Eu comigo.
Me, myself and I!

E hoje não queria. E não me conseguia afastar de mim. Nem com a help do meu mantra o consegui....!
Há dias assim...

Hoje, de regresso a casa, trazida por enorme volvo laranja (confortávelmente sentada, diga-se de passagem), queria silêncio. Na minha cabeça, na minha mente. Não queria ouvir os meus pensamentos. Queria-os longe. Não queria sentir. Não queria a mente repleta de imagens, a cores e a preto e branco. Imagens que gritam, doem e me causam arrepios.

Porquê?

Porque razão às vezes o pensamento está em silêncio? Parece que nada se passa. Estou em paz interior. Organizada.

No meio desse silêncio correm rios de palavras soltas que se acumulam. Se transformam em frases. Umas com sentido e outras... outras sem sentido. Ou então sou eu que não lhes quero atribuir qualquer sentido. São palavras que desaguam neste mar de dúvidas e incertezas. Não quero verdades. Não quero verdades absolutas. Quero interrogações que me abanem, me interroguem. Quero verdades no meio das vivências. Vividas. Sonhadas. Principalmente sentidas. Não quero verdades do passado. Quero descobrir as verdades do Futuro.

Do silêncio, apetece-me voltar a sentir a forma como o teu silêncio lia o meu. A partilha de silêncios repleta de sabedoria. De entendimento. Comunhão e Partilha. Apetece-me o silêncio em que me senti decifrada. E em que também eu decifrei. Apetece-me sorrir de tanto silêncio! Dançar ao som da música que trago na mente e se manifesta em movimentos corporais. Numa dança sem fim.

3 de março de 2010

A Single Man



Um Homem Singular. Uma cinematografia singular. Uma fotografia Singular. Um exercício de estética Singular. Os flashbacks que nos enquadram na história de vida deste homem. A dificuldade em ultrapassar e aceitar a dor da perda. O sofrimento que o magoa a cada segundo. Em cada gesto, em cada olhar perdido, passa para o espectador com uma facilidade. Não existe qualquer tentiva de explorar com recurso a imagens, o que seria tão fácil fazer. A relação homossexual. Tom ford não o faz. Absolutamente Singular!

1 de março de 2010

Teimosia


Estou sem sono.

Logo hoje que me apetecia sonhar.

Porta abertas...

As portas que escolho abrir (e fechar) determinam o percurso da minha existência.
Posso abrir a porta da alegria, da saudade, do confronto, da ruptura. Posso!
E a do amor. A da volúpia e do desejo. Sim, quero!
Não quero a da inveja ou a da cólera. Muito menos a da Raiva.
A da preguiça? quanto a essa, tenho momentos. É tão bom preguiçar, então nos dias de chuva e frio, quando não existem horários a cumprir :-)
A da tristeza abre-se às vezes, mesmo quando eu não quero.
A do ódio? Digo Não! Não e Não! É para manter fechada, trancada.
quero a do entusiasmo, a da convicção e da felicidade.
Manter sempre aberta, a porta da amizade e das verdades.
A da partilha e das gargalhadas.
Porque verdades existem muitas. Será que existem portas para todas as verdades?
A do meu conhecimento sobre mim, tem que estar sempre preparada para se abrir.
Apetece-me escancarar a do Sol em mim.
Vou manter a do Sol aberta.
Sempre.