É frequente ouvir-se: "Olha, está com uma crise existêncial".
(atribui-se quase sempre estas "crises" à adolescência.)
Afinal nesta fase do desenvolvimento a procura de respostas às questões é muito pertinente. E a quantidade de interrogações que florescem no cérebro é imensa.
Será só nesta fase da vida?
A verdade é que todos nós em algum momento desta existência nos questionamos, tanto acerca de factores externos como de elementos internos.
Desde as questões mais simples, "quem criou o mundo", até às menos simples, como por exemplo "será que consigo mudar em mim, um comportamento de que não gosto?"
Uma, duas, três vezes.....
O número é irrelevante.
Para mim, um dos maiores segredos (logo interrogação) da existência é o autoconhecimento.
A necessidade de autoconhecimento, de sabermos quem somos, como somos, como actuamos, o que nos deixa fragilizados, vulneráveis, o que entusiama, entristece, dá prazer..... é uma interrogação que nos acompanha ao longo de toda a existência. Afinal é por via da interrogação que nos questionamos e colocamos em causa.
Sem a dúvida, não existe certeza.
É o contraponto.
A confirmação geradora da verdade.
Aquele que nunca se interrogou não se pode aceitar.
Para connosco temos o dever (não gosto muito desta palavra, but...) primeiro de compreensão e de aceitação.
Compreender que não somos heróis e muito menos perfeitos. Antes seres humanos sujeitos a inúmeras falhas e erros. Uns maiores outros menores. Mas a realidade de todas as existências é precisamente assim. Todo o Ser Humano já errou. Importa perceber e aceitar, não como uma derrota, mas antes como uma conquista. Ao aceitarmos a falha, ao entendê-la e enfrentar as consequências, mais não fazemos do que crescer. Claro que dói. Causa sofrimento. Ansiedade. Inquietação. Mas pode também dar-nos uma oportunidade preciosa e única para transformar a ansiedade em criatividade. As decepções em tolerância (para com os outros, mas principalmente para connosco) e as perdas em maturidade.
Estamos sempre em constante aprendizagem. Á semelhança dos dias, que não se repetem, a oportunidade de evoluir com os momentos e acções menos boas, deve ser encarada como pérolas preciosas. Devemos agradecer ao erro. Graças ao entendimento que dele fizemos, aprendemos mais. Importa nutrir. Fertelizar as emoções e o intelecto com humildade, tolerância, sabedoria, generosidade e tranquilidade.
A minha avó Deonilde, costumava dizer uma frase, que em menina me parecia simples e que só mais tarde, entendi em plenitude;
"estamos começados, mas não estamos acabamos".
Como estavas certa, Avó.
A tua simplicidade tão verdadeira. Sábia e Real.
"estamos começados, mas não estamos acabamos".
Como estavas certa, Avó.
A tua simplicidade tão verdadeira. Sábia e Real.
A transformação e aprendizagem são grande Verdade.
A verdade maior é a descoberta da capacidade de autoconhecimento.
Rodapé 1: Avó Deonilde = Amor = Sabedoria
Rodapé 2: Existência = Autoconhecimento
Rodapé 3: Interrogação = Procura
Rodapé 2: Existência = Autoconhecimento
Rodapé 3: Interrogação = Procura
2 comentários:
Como te percebo... como me identifico com estas palavras. No meio disto tudo fico orgulhosa da pessoa em que me tenho vindo a tornar. E o gozo é esse mesmo... o gerúndio... porque o processo nunca acaba.
Um beijo
Big true. O processo nunca acaba! :-)
beijo grande
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